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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

What time is it?



“It’s Adventure Time!!”




Meninas Super Poderosas, Tom e Jerry, o Laboratório de Dexter, Scooby-Doo, Samurai Jack, Flinstones, Johnny Bravo, Looney Tunes, Coragem – o Cão Covarde... A era de ouro do Cartoon Network já sei foi, nos deixando agora remakes e novas séries de conteúdo pouco criativo e humor menos inocente, adaptado para a mentalidade da pirralhada dessa geração Belieber e Twilighter – versões “modernas”, “mais maduras” e distorcidas de Scooby-doo e Looney Tunes, Ben 10, Ben 10: Força Alienígena, Ben 10: Supremacia Alienígena, Ben 10: Omniverse, Ben 10 e o Etê da Universal, Ben 10 e as Relíquias da Morte, Branca de neve e os 10 Bens, Ben 10 e o diabo a quatro.

Nããããããããooooooo!

Mas espere! Nem tudo é amargor – talvez apenas para os fãs de CN mais conservadores. No meio da programação ultrarepetitiva, ainda há coisas que se vale a pena ligar a televisão para se distrair: dentre elas, a série Adventure Time (Hora de Aventura no Brasil).

Ben 10 é o escambau! Wooohooooo!

A animação conta as aventuras dos irmãos de criação Finn – um garoto humano de 14 anos – e Jake – um cachorro mágico de 28 anos (em anos de cachorro mágico) – na terra pós-apocalíptica Land of Ooo (Terra de Ooo na versão dublada). É importante ressaltar dentro e fora da série que Finn seja humano como se fosse algo excepcional, por que é excepcional – Finn é o único personagem humano no elenco, sendo que os outros habitantes da misteriosa Ooo são em sua maioria objetos animados (como doces ou arbustos), animais falantes e humanóides mágicos. Finn e Jake são considerados heróis em sua terra, ou seja, sempre que uma princesa é raptada, um canibal gigante ataca uma cidade ou uma bruxa má pede pra ter seu traseiro chutado, são eles que vão ao socorro.

Pau neles!

Finn é um garoto inocente e sensível, porém bravio, energético e com um senso de aventura que o faz procurar por peripécias até nos cantos mais monótonos. Ele é um ótimo lutador, e tem uma queda pela Princess Bubblegum (Princesa Jujuba), soberana do Candy Kingdom (Reino Doce) e madura demais para ele.

Jake, Finn, Bubblegum e um veículo voador de cisne com tiro a laser.

Já Jake é tão bravio quanto Finn, mas não tem um senso de justiça e nobreza tão grandioso quanto seu companheiro mais novo. Ele faz o tipo canastrão, gosta de ir pelo caminho mais fácil e de uma pancadaria. Tem o poder de manipular, esticar, encolher e mudar a forma de seu corpo como quiser. Sua namorada é Lady Rainicorn (Lady Íris), uma unicórnio arco-íris que fala coreano e tem poder de mudar as cores das coisas.

Jake e Lady num momento íntimo.

Uma novidade no clichê do vilão malvado que rapta princesinhas indefesas: Ice King (Rei Gelado), o vilão principal da série e arquiinimigo de Finn e Jake está constantemente sequestrando princesas pelo simples fato de se sentir sozinho, e não percebe por que é tão odiado. Ele chega a querer considerar Finn e Jake seus amigos, visto que ele não consegue fazer nenhum, e em muitos momentos da série nós vemos o antagonista terminar derrotado e trancado na própria realidade fria e solitária, tentando acreditar que é 
amado por alguém.

"Ninguém quer esta pele velha. Ninguém no mundo".

A graça do show está na inconstância dos objetivos de cada episódio. Uma vez pode ser uma trama bobinha em que Finn está entediado na livraria e descobre cavaleiros de papel combatendo mofo, outra pode ser um episódio decisivo, obscuro e cheio de metáforas simbolizando guerra, abandono e o inferno particular que cada um de nós carrega dentro de si. Muitas das piadas da série são inapropriadas para crianças (não houve um episódio que não teve cenas e falas cortadas na versão Australiana), tornando o show um hit entre o público adolescente e adulto.

Quem assiste Adventure Time simplesmente sabe porquê vale a pena assistir. Pelo carisma dos personagens, pelo humor às vezes inocente, às vezes não, pela forma como as relações e sentimentos humanos são retratados com simplicidade (quem disse que o vilão não pode estar triste por ser o vilão?), pelo enredo por trás da descontração do dia-a-dia na terra de Ooo (como dito antes, é uma terra pós-apocalíptica. O que seria Ooo antes da Grande Guerra dos Cogumelos e pra onde foram todos os humanos? –Nesse ponto a história se assemelha ao mundo de Samurai Jack).



Adventure Time é uma pedida que talvez não agrade os fãs mais antigos da era de ouro do Cartoon Network, mas que se destaca com originalidade e naturalidade na programação dos dias de hoje (recomendo que assistam no original em inglês, a dublagem corta muitas piadas). E quando você entrar em desespero com as quatrocentas versões e reprises de Ben 10 e pseudoanimes de ação, lembre-se: existe uma hora em que dois heróis surgirão e te levarão para um mundo mais colorido, leve e criativo. Essa será a Hora de Aventura.

Escher Girls: hilária crítica à oversexualização nas HQs

Agora vou recomendar um blog que eu, pessoalmente, gosto muito. A autora posta e critica de forma cômica representações gráficas de mulheres (em sua maioria quadrinhos americanos, mas também games, animes, mangás e etc) de formas machistas e/ou impráticas. Sabemos que a maior parte do público consumista dos quadrinhos americanos é masculina, e é entendível que os artistas queiram, hm, "inspirar" seus leitores com personagens femininas fisicamente atraentes - mas chega uma hora que se passa da conta, e é esse o tema do blog. Leitores enviam diariamente flagras de cenas ridículas em que a anatomia feminina é distorcida só pra mostra peitos e bunda, poses impráticas numa tentativa de ser sensual, roupas ridiculamente minúsculas para mostrar o máximo que puderem da pobre moça que não pode ter nem uma armadura decente para lutar.

Segue aqui o link do blog e abaixo alguns exemplos de posts:

Essas duas tão lutando ou se amando?!



SANTA MÃE DE DEUS QUE DIABO É ISSO.





Ilusão de ótica, mulher elástica ou espinha quebrada?

Você é geek?

Você aí que fuxica nosso blog. Você sabe o que é um geek, pra começar?

(O erro é o Batman, ele pertence à DC Comics. Todos os outros são da Marvel)

Na real, não existe uma definição exata para a palavra geek. Há um tempo atrás diríamos "nerd", mas "geek" se tornou uma coisa distinta. Costuma ser a denominação de uma pessoa fã de tecnologia e/ou mídias como jogos e quadrinhos. Há quem se gabe de ser geek/nerd, há quem critique esses que se gabam por estarem só "posando", e há quem não liga para esteriótipos e só quer curtir as coisas das quais gosta.

Como o tema desse blog é geek, e temos postados coisas relacionadas a mídias, jogos, quadrinhos e séries, dos mais populares até alguns meio underground (coisa da Naomi... [eu]...), coletei alguns testes via google que testam se você é geek ou qual é seu nível de geekice. Apenas pela diversão, porque geralmente quem faz esses quizes não tem contato com a coisa de verdade e se baseia em conceitos populares.

No fim das contas, somos pessoas que temos hobbies, dar nome ou não pra isso é escolha de cada um ;)

http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2012/05/teste-voce-e-um-geek.html
http://www.mundotecno.info/diversao/teste-voce-e-um-autentico-geek
http://marioaragao.com.br/teste1.html

Bônus de Harry Potter


Para verdadeiros fãs da série (como eu), isso não é novidade, mas por que não relembrar trivias interessantes agora que a série que marcou vidas acabou oficialmente?



Depois de lançar o último livro do romance em 2007, As Relíquias da Morte, a autora J.K. Rowling começou a trabalhar mais um extra para os pottermaníacos: livros que existiam dentro do universo da série. A iniciativa agiria como um consolo pelo término da trama, e uma forma de trazer o leitor para dentro do mundo mágico ao por as mãos em livros que ele viu seus queridos personagens lerem. Dois livros já haviam sido lançados em 2001, sendo o último lançado um ano após o fim oficial da série.



Os primeiros livros, Quadribol Através dos tempos e Animais Fantásticos e Onde Habitam, simulariam livros pertencentes à biblioteca da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Este primeiro contaria a história do esporte quadribol, o mais famoso no mundo bruxo, e o segundo seria um livro didático para estudantes que cursam as aulas de Trato das Criaturas Mágicas.



O destaque é o livro lançado em 2008, depois do final da série, e o mais desejado pelos fãs; nada mais nada menos do que Contos de Beedle, o Bardo, o livro que foi essencial dentro da trama para guiar os personagens, traduzido pessoalmente pela personagem Hermione Granger. Além de conter o conto originalmente apresentado no último livro do romance, ele conta com outras fábulas com morais do mundo bruxo – contos de fadas completamente novos e arrebatadores para os amantes de Harry Potter.

Sandman




Um dos trabalhos mais aclamados de Neil Gaiman, Sandman tem como protagonista a entidade mais popular nos países falantes da língua inglesa. Sandman é um ser folclórico detentor de uma poeira mágica que, se assoprada nos olhos das crianças, permite-lhes bons sonhos. Na história em quadrinhos, Sandman é mais do que apenas uma entidade folclórica: ele é um dos mais velhos de um grupo de irmãos dominados Perpétuos, mais antigos do que a própria Terra. Sandman, também chamado de Morpheus, é o Sonho, soberano do mundo do Sonhar, onde os elementos dos sonhos das pessoas habitam. Os outros perpétuos são Destino – irmão mais velho de Morpheus que está acorrentado a um enorme livro, onde está escrito tudo o que é, foi e será; a Morte, irmã mais velha, descontraída porém sábia, aquela que leva aqueles cuja hora chegou; Destruição, o irmão do meio, alegre e inocente, que tem o poder de destruir qualquer coisa; Desejo, que possui ambos os sexos ao mesmo tempo, representa a luxúria e o egoísmo; Desespero, gêmea de desejo e completamente diferente dele(a), bruta e azeda; e Delírio, a caçula, delirante e caótica, com a aparência em constante mudança.
A história é cheia de metáforas, especialmente por parte das personificações dos aspectos 

Hellblazer


Da linha mais obscura e adulta da DC Comic, Vertigo, um clássico infelizmente não tão conhecido entre o público que baseia seu conhecimento de heróis de quadrinhos em filmes.



John Constantine é um mago e exorcista britânico, mulherengo, sarcástico e especialista na arte de ser um filho da mãe. A maldição que paira sobre sua vida começou quando era jovem e inexperiente e tentara exorcizar o demônio de uma menina inocente. O ritual deu todo errado, e em vez de livrar a garotinha da entidade, mandou-a direto para o inferno. Constantine tentou reparar seu erro indo atrás da menina pessoalmente, mas falhou. Os demônios tomaram a alma da garota e tamanha foi a perturbação de Constantine que teve de ser internado durante dois anos em um hospital psiquiátrico. Depois disso, continuou sua vida – parecendo fadado a trazer morte àqueles que se aproximavam demais afetuosamente, tornou-se alguém amargo e solitário, perseguidos por seus fantasmas e demônios do passado. Fantasmas e demônios literais – os espíritos daqueles que John enganou em benefício próprio ainda o perseguem, e uma boa porcentagem do inferno tem rancor do mago por tê-los mandado para lá. Os quadrinhos retratam a vida de John como um sujeito que sabe mais do que as pessoas normais, não tem nada a perder e tudo a ganhar – com o inferno inteiro ao seu encalço e nenhum Deus acima para dar uma mão.


Scott Pilgrim contra o Mundo



Scott Pilgrim conta a história de um jovem canadense de 23 anos que leva uma vidinha mediocremente agradável; ele é desempregado, divide um apartamento podre com o melhor amigo gay, toca baixo numa banda meia-boca e começou uma pseudonamoro com uma colegial chinesa a qual nunca sequer pegou na mão. Porém seu mundinho de conforto despreocupado é virado de cabeça para baixo quando ele encontra pessoalmente uma garota incrível que viu em seus sonhos: Ramona Flowers, uma misteriosa americana que trabalha como entregadora da Amazon.



Apesar das estranhas primeiras impressões, Ramona topa sair com Scott, e acaba gostando dele. Mas é claro que nada é tão fácil nessa vida, e cedo descobre que há uma liga do mal atrás dela: A Liga dos Ex-namorados do Mal de Ramona. Para que Scott possa seguir em paz com seu relacionamento com a americana, ele precisa derrotar cada um dos sete ex-namorados, um a um, enquanto lida com seus próprios problemas e ainda os mistérios do passado de Ramona.



Scott Pilgrim conta com 6 volumes na versão original, compilados para 3 volumes no Brasil, e também um longa metragem baseado na série. O estilo dos quadrinhos é interessante, levemente inspirado nos mangás japoneses e todo em preto e branco. A série faz muitas referências a mídias geeks, especialmente videogames, incorporando seus elementos ao dia-a-dia dos personagens, que os tratam como se fosse a coisa mais normal do mundo. Não se deixe enganar pelo estilo infantil! Scott Pilgrim é uma leitura fácil, com personagens carismáticos e agradável tanto para o público fã de quadrinhos ocidentais quanto orientais.